DCTA inicia processo de recomposição de quadros

 

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O Ministério do Planejamento autorizou a realização de concurso público, neste ano, para a contratação de 241 servidores de ciência e tecnologia para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP). Também foi autorizado o concurso para o preenchimento de 13 vagas de professores de nível superior no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O sinal verde do governo federal para a recomposição dos quadros do DCTA foi motivado, principalmente, pelo projeto de ampliação do ITA, que conta com o apoio pessoal da presidente Dilma Rousseff.

O último concurso público do DCTA foi feito em 2010, mas para a contratação de apenas 93 funcionários. As vagas foram distribuídas entre os 11 institutos de ensino e pesquisa e dois centros de lançamento de foguetes vinculados ao DCTA. Em 2011, mais de 70 servidores se aposentaram e deixaram o centro.

As obras do novo alojamento do ITA, que duplicará a capacidade do instituto de receber alunos, ainda não foram iniciadas, mas a meta é que o projeto comece a ser executado no segundo semestre deste ano. O DCTA também já conseguiu autorização do governo para a criação de 150 novos cargos para professores no ITA até 2015.

Na área de ciência e tecnologia, estão definidas a criação de 880 novas vagas, que serão preenchidas por meio de concursos nos próximos três anos. O vice-diretor do DCTA, brigadeiro Alvani Adão da Silva, explicou que, para a recomposição e manutenção da capacidade institucional do DCTA, no entanto, seria necessária a criação de 3.037 cargos. O objetivo da instituição é chegar em 2020 com um efetivo total de 5.420 servidores. Atualmente, existem 2.383 funcionários, o que representa mil vagas a menos que em 1994.

O DCTA é responsável hoje pela execução de 40 projetos estratégicos da Aeronáutica, com destaque para projetos na área espacial e para os programas de reequipamento da Força Aérea Brasileira (caças F-X2, aeronave KC-390, helicópteros das Forças Armadas e modernização das aeronaves AMX e F-5).

O suporte técnico e operacional para esses programas está sendo feito de forma precária em alguns institutos do DCTA, devido à perda dos especialistas que se aposentaram. No Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (Ipev), onde são feitos os relatórios de avaliação técnica e testes em voo dos caças que disputam o F-X2, existe uma necessidade grande de reposição de pessoal. Para apoiar a Embraer no programa de desenvolvimento e certificação da KC-390, o DCTA precisou remanejar pessoal de vários institutos.

O DCTA sedia o único centro de referência da América do Sul para investigação e análise de falhas de materiais em acidentes aéreos. Os três especialistas que trabalham no local já atingiram idade para se aposentar.



Autor(es): Por Virgínia Silveira | Para o Valor, de São José dos Campos
Valor Econômico - 21/03/2013

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